terça-feira, 18 de janeiro de 2011

LUZES























fotos ney (clique para ampliá-las)
De muitas formas as luzes nos dizem, tocam, sensibilizam, guiam, tranquilizam, motivam, lembram, criam, recriam... (ney)
...
O "Penso, logo existo", de Descartes (1596-1650) é hoje motivo de muitas polêmicas em torno dos conceitos de mente, consciência, emoção e razão. Sem alguém que a admire, que reconheça seu brilho e suas formas, a Lua não existe. Nem existem os poemas que a fazem personagem da vida e a integram ao teatro dos amores e das paixões.
As cores, da mesma forma, existem somente para o cérebro, capaz de "trabalhar" impulsos elétricos nervosos e transformá-los em uma interpretação particular daquilo que se vê na presença da luz. Um extraterrestre - o "monstrengo" do filme O Predador, por exemplo - habilitado a "enxergar" somente pela decodificação de sinais de calor, teria enorme dificuldade para dialogar com um jardineiro humano sobre flores multicoloridas.
Segundo Antonio Damásio (Iowa-EUA), é chegada a hora de se reconhecer que o espírito habita um organismo vivo, em que o cérebro e o resto do corpo vivem intimamente integrados.
"A emoção e os sentimentos constituem a base daquilo que os seres humanos têm descrito como alma ou espírito humano", escreve. Resumindo as inquietações de muitos de seus companheiros, o neurologista inverte a máxima de Descartes: "existo (e sinto), logo penso".
http://www.imagick.org.br/pagmag/themas2/cerebro.html

3 comentários:

TT disse...

Ney, que texto legal!
Mas, desculpe, estou aqui por causa do Cinema Mandaro.
Essa noite sonhei que estava na sessão das 8, no cinema Mandaro, chupando drops salva-vidas ( aqueles com o buraco redondo no meio) e assistindo a um filme de Bob Hope e Dorothy L'Amour..
Aí acordei com tanta saudade! Do Bob, da Dorothy, de sarong e flor no cabelo e, especialmente do cinema Mandaro.
Na Internet encontrei seu blog e esse post de maio de 2009 em que você relembra essas coisas bobas e simples mas que tornavam esses anos tão dourados. Tanto que o brilho ainda perdura entre o cinza-chumbo destes dias, trazendo uma luz inesperada e tão bem vinda.
Mas, Ney, não me lembro de "Moonlight Serenade" no intervalo! Para mim era "I'm in the Mood for Love" e "I only have Eyes for You". Mas, se você diz...
E os filmes! Nenhum tinha menos de dez anos! Até os "jornais" eram antigos. Eu adorava os estrangeiros, alguns dos anos 40...
E Flash Gordon era a melhor coisa da semana!
Fico pensando nas crianças de hoje e naqueles efeitos especiais tão toscos...A gente achava o máximo!
Você acredita que minha mãe nos deixava no cinema sozinhas, eu com uns dez anos e minhas irmãs com oito e sete e nos apanhava no final da sessão?! E isso porque morávamos na Avenida Sete e era meio distante. Se morássemos ali mesmo pelo Largo do Marrão provavelmente não seria preciso.
Enfim, abençoado Cinema Mandaro! Um cineminha de Bairro, que nos anos 50 e 60 já era "poeira" e que trouxe tanta alegria às nossas vidas.

Mas, não me entenda mal, por favor! Não sou uma saudosista empedernida, dessas que acham que nada de bom aconteceu depois da Copa de 70.
Não é assim. Há tanta coisa legal! E a Internet talvez seja a melhor delas...
Mas parece que as pessoas são diferentes. O olhar é diferente. As crianças principalmente. Elas às vezes me desconcertam com uma inusitada maturidade.E, ao mesmo tempo são muito mais indefesas,talvez por serem tão protegidas.
É isso, Ney... Feliz de quem tem boas lembranças. Um abraço
Teresinha

ney disse...

Teresinha,
Desculpe de só ter visto hoje seu comentário, não apareceu no meu e-mail nenhum aviso, acho que só estão aparecendo do outro blog que participo (CHEGA JUNTO). Não entendo muito dessas configurações, preciso ativar ou reativar tais avisos.
Mas fiquei muito feliz com seu comentário, com sua presença amiga lá dos "anos dourados", de um Niterói que todos se conheciam, pelo menos de vista. E eu morei sempre aqui por perto, Rua 5 de Julho, Av. Sete de Setembro, perto de onde foi o Clube HI FI (entre Nóbrega e João Pessoa). E já fizemos muitos encontros da turma desse tempo, e o Club HiFi era bem uma referência.
Disse bem do CINE MANDARO, mas ainda não achei a tal postagem de maio/2009, vou voltar a procurar, tenho até foto do cinema.
Gostei da lembrança do drops salva vidas, acho que vinha em inglês - Life Savers, ou algo parecido. Delícia de drops, inesquecível, depois veio o DULCORA mas não tinha o mesmo sabor. Eu lembro até da moça da pequena bomboniere na porta do cinema. Um dia ela me viu fumando e aconselhou que parasse, que era melhor uma maçã, ou um doce. Pois é, naquela época os cigarros ainda nem tinham filtro, eu fumava Continental, e só parei de fumar há 15 anos atrás.
Desculpe! Encontrando alguém do nosso tempo, não há como não se alongar na prosa (rs).
Mas, sabe, tinha quase certeza que era Moonight Serenade no abrir das cortinas do Cinema Mandaro. Mas eu ia sempre na sessão das 2, porque quase sempre passavam 2 filmes seguidos, levávamos até lanche para o cinema.
Mas os neurônios podem falhar, e era no Cine Cassino, ou Gril, Icarai ou São Bento, eram tantos os cinemas da época... Central, Imperial, Odeon, Eden, Rio Branco, Alameda.
O Flash Gordon lembro bem nas manhãs de domingo no Cine São Bento, Festival Tom & Jerry etc.
E dai para frente virei um cinéfilo, não deixava e ainda não deixo passar um bom filme (ADORO CINEMA).
Tentei devolver a visita indo ao seu blog, mas cliquei em TT e não encontrei qualquer acesso (?).
Se puder apareça, aqui no blog ou no neyniteroi@hotmail.com - muito bom encontrar uma pessoa da época. E não sou desses saudosistas, gosto também deste mundo moderno, real, virtual, digital, mas aqueles anos foram mesmo dourados. Eram tantos sonhos hollywoodianos, um progresso que estava chegando, eletro-domésticos, automóveis, tantas expectativas, oportunidades, mudanças sociais, políticas, econômicas, acho que nossa geração viveu mudanças que correspondem a séculos de história da humanidade.
Obrigado mesmo por essa visita amiga e comentário. Abraço/ney.

ney disse...

TT,
Falha técnica, escrevi errado o nome da música, era Moonlight Serenade (Glenn Muller). ////