segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A LUA II






















.
...
.
...
Clique sobre as imagens para ampliá-las.
Essas 3 últimas imagens tirei hoje da LUA cheia ainda aqui da varanda, logo estará coberta por mais um espigão de concreto.
...
Posso te falar dos sonhos,
das flores
de como a cidade mudou
posso te falar do medo,
do meu desejo, do meu amor...
...
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver
no céu a Lua
Que um dia eu te dei...
...
Gosto de fechar os olhos
Fugir do tempo,
de me perder
Posso até perder a hora
Mas sei
que já passou das seis...
...
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua
a Lua que eu te dei...
...
Pra brilhar por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu Amor...

A LUA



Clique sobre a imagem para ampliá-la.

Adeus a LUA que eu via subir atrás do morro, bem aqui da minha varanda. Chegou no meu andar a construção, que vai cobrir a LUA com um paredão de concreto, que dizem ser progresso, decerto.
*****
Mario Quintana disse: "Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?"
... Ainda bem que a guardei nessa foto.

DOMINGO COM CARA DE DOMINGO












Clique sobre as fotos para ampliá-las.
Domingo de clicar a primavera que chegou no jardim aqui do edifício (eu segurei a folha por causa do vento, a foto sairia tremida no close up); de ir na feira de artesanato do Central Park de Niterói City - o Campo de São Bento, ainda mais movimentado no Dia das Crianças, e a mulher que não gosta de fotos nem viu que saiu no primeiro plano (rs). Uma exposição de orquídeas e 2 filmes da locadora para uma sessão da tarde dupla (sem domingões berrantes e "espetaculosos"). Comida a peso tipo BB (bom e barato), chegando cedo para não pegar fila e/ou senha... acho que já nem vale almoçar em casa, uma refeição com legumes e verduras, carnes etc., ficaria mais trabalhosa e cara em casa. Ah, por mim ia todos os dias, tudo bem prático, mas a família é grande e tem horários diferentes, e o almoço em casa garante a janta.
A vida deveria ser mais prática, é tanto ritual, lava e passa, tantas manutenções, horas no trânsito que cansam mais que o trabalho em si, e nem se tem um tempo para o ócio criativo, como diz o Domenico de Masi:
"Em O Ócio Criativo, Domenico De Masi elabora não apenas os temas da sociedade pós-industrial, do tempo livre e da criatividade, como também as questões da globalização, do desenvolvimento sem emprego, da feminilização, do declínio das ideologias tradicionais e dos sujeitos sociais emergentes.
A conversa tem como pano de fundo uma profunda insatisfação com o modelo social elaborado pelo Ocidente, centrado na idolatria do trabalho, do mercado e da competitividade.
De Masi, nesta entrevista feita livro, afirma que vivemos em uma sociedade , que ele chama de pós-industrial, onde o homem é apenas mais um elemento produtivo, não há distribuição igualitária do poder, do saber e do trabalho e uma verdadeira obsessão consumista faz do homem um autômato sem tempo para desenvolver-se como um todo.
Ao constatar que trabalhamos hoje, de forma tão primitiva como se fazia muito antes do surgimento da industria e de que nossas horas de lazer são mais uma compensação pelas horas trabalhadas do que verdadeiramente lazer, o sociólogo propõe a teoria do ócio criativo.
O ócio criativo significa, então, um exercício do sincretismo entre atividade, lazer e estudo, propondo ao homem que ele se desenvolva em todas as suas dimensões.
Domenico não prega a diminuição das horas trabalhadas, antes até um aumento, mas que a responsabilidade não seja tão estafante quanto a atividade de quebrar pedras. O que ele afirma é que deve haver uma fusão entre produção e prazer. Se a necessidade é a mãe das invenções, o ócio é, então, o pai das idéias.
Longe de ser anacrônica, a teoria de Domenico já encontra adeptos em todo mundo. Inclusive nas grandes empresas há casos de empregados que desenvolvem suas atividades em casa ou mesmo possuem horários de trabalho totalmente flexíveis."
Conclusão: A proposta do ócio criativo como uma ferramenta para o aprimoramento pessoal fora do trabalho é uma das mais belas teorias já produzidas, cuja efetivação é possível, pois cada vez mais nos deparamos com a necessidade de compor o nosso conhecimento e desenvolvimento pessoal com atividades que agreguem valor, prazer e qualidade de vida, pois como diz Domenico - "A criatividade não é só idéias, é unir fantasias com concretizações". Saber o que fazer com o tempo livre é construir um mundo novo no qual exercitaremos o corpo e a mente, reencontraremos os amigos, a família e reinventaremos a coletividade.