A BICICLETA

Foto ney com minha primeira bicicleta, monark guidão largo, comprada no Cicle São Salvador (Rua Miguel Couto) - Sr. Hildebrando. O Lessa (antigo funcionário), continuou o negócio que passou para a Rua Nóbrega. Faleceu e o cicle continua com seus filhos. Foi meu pai que me deu, um presente que marcou a minha vida, pois até hoje vivo pedalando. Mas faz falta a presença deles. E o grande poeta J.G. de Araujo Jorge diz bem dessas emoções da vida.

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"A BICICLETA"

Me lembro, me lembro, foi depois do jantar, meu avô me chamou,
tinha um riso na cara, um riso de festa: "- Guilherme, vou tapar seus olhos, venha cá." Os tios, os primos, os irmãos, na grande mesa redonda ficaram rindo baixinho, estou ouvindo, estou uvindo: "- Abre os olhos, Guilherme!" Estava na sala de jantar, junto da porta do corredor, como uma santa irradiando, num altar, como uma coroa na cabeça de um rei, a bicicleta novinha, com lanterna, campainha, lustroso selim de couro, tudo.
Me lembrei hoje da minha bicicleta, quando chegou a minha geladeira. Mas faltou qualquer coisa à minha alegria, talvez a mesa redonda, os tios, os primos rindo baixinho,
" – abre os olhos, Guilherme!"
Oh! Faltou qualquer coisa à minha alegria! - J. G. de Araújo Jorge

MEU CORAÇÃO...

Foto ney - poço natural abaixo da cachoeira dos frades - Teresópolis-RJ. E tem mesmo essa pedra mais à superfície, mais clara, refletindo a luz do sol, em forma de coração (imagem natural).
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Meu Coração

Eu tenho um coração um século atrasado
ainda vive a sonhar... ainda sonha, a sofrer...
acredita que o mundo é um castelo encantado
e, criança, vive a rir, batendo de prazer...

Eu tenho um coração - um mísero coitado
que um dia há de por fim, o mundo compreender...
- é um poeta, um sonhador, um pobre esperançado
que habita no meu peito e enche de sons meu ser...

Quando tudo é matéria e é sombra - ele é uma luz
ainda crê na ilusão, no amor, na fantasia
sabe todos de cor os versos que compus...

Deus pôs-me um coração com certeza enganado:
- e é por isso talvez, que ainda faço poesia
lembrando um sonhador do século passado

J. G. de Araujo Jorge

CAI A NOITE...

Clique para ampliá-las (foto ney).

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Cai o manto da noite, brilham as estrelas, buscam os poetas inspiração.

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DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas! - Mário Quintana.
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Se cada dia cai, dentro de cada noite, há um poço onde a claridade está presa. Há que sentar-se na beira do poço da sombra e pescar luz caída com paciência. - Pablo Neruda.

LUZ NEON

Clique sobre as imagens para ampliá-las (quadro, foto e photoshop ney).

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Luz Neon - Badabauê

Se a saudade mata
Então preciso te ver
Por que você não volta agora
E acaba com o meu sofrer

Era bom de mais
A gente não dormia
Tua boca tão macia
Me envolvia de prazer

Era tanta paz
Quando a gente se encontrava
Eu não imaginava
Que podia te perder

No quarto aquela luz neon
Meu corpo chamando você
E o lençol da cama
Molhado de prazer.

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Não estou certo por que pintei esse quadro, desenho, rabisco... sei lá! Foi meu jeito, sem jeito, de me expressar. Eu a imaginei assim, nosso quarto, nossa lua, nosso amor. Acho que a letra dessa música se encaixou um pouco no que pensei. A luz neon dá uma certa magia, assim como uma suave música. Mas vale o brilho da vida, do amor, dos olhos, a luz dos sorrisos, dessas cintilações que vivem em nossa memória, nos sonhos, realidades, e estão sempre presentes dentro de nós.