quinta-feira, 2 de abril de 2009

SABIÁ




















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Sabiá garantiu seu almoço e não parou de cantar... Canção do exílio - Gonçalves Dias - 1846
Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá; as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores, nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores. Em cismar sozinho à noite, mais prazer encontro eu lá; minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá.

A "Canção do Exílio", do poeta romântico maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), fala da saudade da pátria. Escrita em 1843, em Coimbra, onde o poeta estudava, a canção transformou-se num ícone múltiplo. Representa, antes de tudo, a saudade (e a idealização) da terra natal, um sentimento universal e sem idade. Além disso, tornou-se a expressão do nacionalismo num país que acabara de conquistar sua independência política.
Muitos dos grandes poetas homenagearam Gonçalves Dias em suas poesias. A música popular foi outro terreno para onde o sabiá de Gonçalves Dias estendeu os seus gorjeios. Na MPB, o exemplo mais ilustre é a canção "Sabiá", assinada por Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque:
http://www.youtube.com/watch?v=L4LuCFQ2Eo4