sábado, 27 de dezembro de 2008

POESIA



PUXA! Ela fez uma tatuagem de uma rosa com o meu nome... linda demais!

Entre os teus lábios, é que a loucura acode, desce à garganta, invade a água. No teu peito é que o pólen do fogo se junta à nascente, alastra na sombra. Nos teus flancos é que a fonte começa a ser rio de abelhas, rumor de tigre. Da cintura aos joelhos é que a areia queima, o sol é secreto, cego o silêncio. Deita-te comigo. Ilumina meus vidros. Entre lábios e lábios toda a música é minha. Eugenio de Andrade.

AINDA SOBRE AS ROSAS...




Clique sobre as imagens para ampliá-las (foto ney).
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Eugénio de Andrade.

E a esperança, Poeta?
O Poeta não sabe. O que faz uma rosa no Inverno? - E a esperança, Poeta? Se tu não sabes... O que é que vamos fazer? A quem vamos exigir a resposta? Qualquer inverno será menos frio, menos cinzento, com uma só pétala que seja, de qualquer rosa.
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Pétalas caídas
Nasceram-me asas. Para quê? Não posso sair daqui! Caem-me as pétalas. Estou a secar. Até já penso que morri. Se já não sequei, deve ser por ti.
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Rosa de Inverno
Sigo as pegadas na neve, que os teus passos aqui deixaram. Ao de leve, junto às tuas, as marcas dos meus pés. Vou ao encontro do teu perfume, rosa de inverno que és, aquecer-me-ás no teu lume.
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Rosamor
Tenho uma rosa no peito. Deixei que aqui a fixasses, convencida que era amor. Nasceu, floriu, ganhou cheiro e deu-me cor. Agora quero mantê-la, seja essa rosa o que for.