sábado, 30 de outubro de 2010
Aguardo...
foto ney (clique para ampliá-la)
Mas enquanto ela não chega, vou acrescentar a esta postagem um texto do J.G. de Araujo Jorge que explica bem essa espera:
"A Espera"
Ela tarda... E eu me sinto inquieto, quando julgo vê-la surgir, num vulto, adiante, - os lábios frios, trêmula e ofegante, os seus olhos nos meus, linda, fitando... O céu desfaz-se em luar... Um vento brando nas folhagens cicia, acariciante, enquanto com o olhar terno de amante fico à sombra da noite perscrutando... E ela não vem... Aumenta-me a ansiedade: - o segundo que passa e me tortura, é o segundo sem fim da eternidade... Mas eis que ela aparece de repente!... - E eu feliz, chego a crer que igual ventura bem valia esperar-se eternamente!...
J. G. de Araujo Jorge
FLORES DO CAMPO
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
SUBJETIVIDADE
terça-feira, 26 de outubro de 2010
NO CAIS
sábado, 23 de outubro de 2010
MOMENTOS INESQUECÍVEIS
E vamos nós por essas escadas da vida, às vezes difíceis, sombrias, outras iluminadas, ensolaradas, vivendo nossas realidades e buscando conquistar nossos sonhos. E vale sempre uma parada para descansarmos um pouco, renovar energias, até mesmo para podermos vivenciar e crescer em todas as suas etapas.
Aqui os degraus e as paredes contam muitas histórias, que podemos ver, sentir ou imaginar, estão ai as marcas do tempo. E suas paredes até nos oferecem flores, mostrando que não perderam a poesia. (Ney)
fotos ney (clique para ampliá-las)
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
ODE TRIUNFAL (clique aqui)
Fraternidade com todas as dinâmicas! Promíscua fúria de ser parte-agente
Do rodar férreo e cosmopolita
Dos comboios estrénuos,
Da faina transportadora-de-cargas dos navios,
Do giro lúbrico e lento dos guindastes,
Do tumulto disciplinado das fábricas,
E do quase-silêncio ciciante e monótono das correias de transmissão!
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
Álvaro de Campos/Fernando Pessoa (veja na íntegra clicando no título acima).
CINEMA (clique aqui)
domingo, 17 de outubro de 2010
FLAMENGO
sábado, 16 de outubro de 2010
OS LIRIOS DO CAMPO
AS FORÇAS DA NATUREZA
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar...
Alberto Caeiro/Fernando Pessoa.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
OLHARES E CLICKS
fotos ney (clique para ampliá-las)
Portas e janelas que nos levam a uma viagem no tempo, e que ai estão a nos contar suas histórias.
Podemos olhar mais do que com os olhos, além das paredes, captar as energias que de lá possam emanar, exalar, desprender... vozes, sentimentos, a música no ar. Um olhar mais atento, com o coração, a alma, talvez a memória (se for o caso), e a imaginação.
Era um tempo sem as telinhas de hoje, e através das portas e janelas que aqueles olhares viam, sentiam e se comunicavam com o mundo, imaginavam distâncias, aventuras possíveis, e viam as tempestades, as estrelas, a lua, e viviam seus sonhos e realidades. (ney)
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
NUM FUTURO...
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
SURFISTA VIRTUAL
domingo, 3 de outubro de 2010
ANIVERSÁRIO DA NETA
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
NA TARDE CHUVOSA...
foto ney (clique para ampliá-la)
Aqui dentro, em meu quarto de estudo, que calma ! Que calma ainda maior, no entanto, há dentro de mim... Estes dias de chuva, é que encheram minha alma de motivos sem cor... e de gestos de splim...
Estas tardes de cinza e de recolhimento repousam minha vida das cores berrantes...
...Há em mim... esse silêncio bom de isolamento, e um desejo pueril de mil coisas distantes...
Os pingos, pelos fios que passam lá fora, para os meus olhos, são como contas de um terço, - e a chuva... a repetir a mesma ária sonora quem sabe se a cantar não embala algum berço ?
A tarde morre, suave . . . A chuva cai, tão boa... Fica muito mais triste a chuva ao fim do dia...
Quem será que na rua vem trauteando à toa uma velha canção que eu quase já esquecia?
Quem será? Ah! se fosse o rumor de teus passos! Ah! se enfim fosses tu, (tu que um dia partiste...) que voltasses de novo, só para os meus braços, nesta tarde de chuva ensimesmada e triste... Fosses tu, que tornasses para a nossa vida, para aquecer o ninho bom de antigamente, - e trouxesses tua alma, quente e arrependida ! - e trouxesses teu corpo, arrependido e quente !
E as tuas mãos de novo para as minhas mãos, e os teus olhos de luz para a sombra dos meus...
- e lançasses, voltando, as sementes e os grãos na terra que ficou vazia após o adeus...
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Há dias chove assim... Dias longos, cinzentos...
Sozinho, horas a fio, entre livros calados
gosto de ouvir lá fora a cantiga dos ventos
e os monótonos sons da chuva nos telhados . . .
Isolamento bom!... Calma... Estranha doçura...
Folhagens na vidraça embaciada, acenando...
E um nome de mulher... (é a chuva que o murmura!)
minha mão no papel sem querer vai traçando...
( Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro "Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"