sexta-feira, 31 de outubro de 2008

5 ANOS DE SÃO PAULO... VALEU!







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Foi um difícil começo, usando as palavras de Caetano Veloso na bela música SAMPA, e não poderia ser diferente. Carioca da gema, nasci no Rio ainda Capital do País (Rua Paissandu – Flamengo), e na quase adolescência vim para Niterói. Por aqui estava toda a família, amigos, namorada, praias, ruas e esquinas, todas as minhas identidades, então morar sozinho no centro da IMENSA SÃO PAULO naturalmente seria uma experiência nova.
Mas o concurso público federal me designou para lá, era a minha chance, a conquista do meu espaço que busquei com esforço e determinação.
E lá fiquei sozinho por 2 anos, indo e voltando em quase todos finais de semana, e fui entendendo a alma da cidade, fazendo amigos, criando identidades. E quando voltei para Niterói casei, mas logo todas as instituições foram para Brasília, então preferi voltar para SAMPA para não ficar tão distante em Brasília.
Mas dessa vez com a mulher e o filho, e por sorte fui morar bem nos JARDINS, ruas arborizadas, praças, mansões, muito verde, bem na Rua Gabriel Monteiro da Silva, onde a mulher dava aula num ótimo colégio, onde o filho também estudava.
E foram mais 3 anos de São Paulo, que passei a conhecer como o Rio, e suas belas cidades do interior, e o lindo litoral. E fizemos muitos amigos, ainda temos contatos, e fomos muito bem acolhidos, e sempre entendi que RIO e SAMPA se completam... até mesmo numa grande megalópole, pois entre as duas crescem as cidades no Vale do Paraíba. E foram tantas viagens de uma para outra que a VIA DUTRA já era para mim uma grande avenida. E se chegar o "TREM BALA" acabou-se a distância no tempo.
Obrigado SÃO PAULO e todos os amigos que nos ajudaram nesse tempo de adaptação, crescimento, amadurecimento, numa ótima e inesquecível convivência.
As fotos são de alguns amigos da turma de Sampa, jogando bola na AABB de lá, eu de ponta esquerda (abaixado), e na casa de amigos (camisa xadrez).

BORBOLETAS



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O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.
Mario Quintana.

Histórias de amor são como borboletas: você consegue ver, pode até tocar, mas se você tentar guardar uma pra você ela simplesmente morre. Tem que saber admirar de longe. Nuno Boggiss.

Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses. Rubem Alves.

MINHA TERRA



















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MINHA TERRA
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A gente corre mundo, sente paisagens
cheira luz, som e sol
sente grama no pé, gosto de outro mar
escala montanhas, monumentos, desfruta momentos.
Esfria o corpo terra alheia
endurece couro, congela sangue.
Bate saudade no peito sem graça e sem jeito.
Lágrimas umedecem solo alheio.
Voa longe a alma.
Repousa, velha guerreira, em velhos fortes.
Espalha os pés sobre a Baía de Guanabara
flutua sobre calçadões: Boa Viagem, Ingá
Icaraí, São Francisco, Charitas...
Nas águas de Jurujuba abraça velhos pesqueiros.
Embarca em nave MAC-NIEMAYER pousada sobre colina
sobrevoa o Parque da Cidade e mistura-se a asas-delta.
Mergulha em águas oceânicas:
Piratininga, Camboinhas, Itaipu.
Em Itacoatiara surfa corpo queimado.
Mistura preces ao pó de capelas seculares.
Passeia no santo campo de São Bento
ao bimbalhar uníssono de sinos de muitos templos.
Sob amendoeiras coração se junta à alma.
Anunciam solenes: - Estamos aqui!
– Somos pedaços de NITERÓI!
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José Luiz Menezes Dutra (31/10/08).