sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

CINTILAÇÕES

Cintilações

Talvez não existam amores felizes. Mas, as ilhas mágicas, que sonhámos, serão sempre perfeitas na sua imaterialidade. E nelas contemplaremos fragmentos de uma Atlântida por cumprir, de uma Avalon revelando-se apenas aos amantes temerários, de uma Arcádia onde os pastores absorvem a paz, de um Éden, que foi de todos, e que aguarda o resgate de todas as inocências.
Sentiremos as reverberações do sol sobre o mar em cada manhã e respiraremos a luz da tarde em grandes golfadas e dançaremos em sintonia com a lua, as marés, o vento e os bichos.
E escutaremos as nossas gargalhadas luminosas, entre momices e travessuras, e rodopiaremos nas asas de uma borboleta que sabemos ser um anjo e falaremos com todas as aves.
Até chegarem os dias em que guardamos nos olhos fechados o brilho, que criámos, e escondemos na alma os encantos, que recebemos.
É então que decidimos, por algum tempo, esquecer as cintilações mágicas. Porque tememos perder-nos.
Mais tarde, partiremos de novo para as nossas ilhas.

Alba/Portugal. Do blog a clareira.
Ah, deveras um lindo texto caminhando com sensatez e amadurecimento entre os sonhos e a realidade, deixando fluir a vida com equilíbrio e encantamento. (ney).

A CHUVA CHEGANDO...



Clique sobre a imagem para ampliá-la (foto ney).

Foi assim que ela chegou ontem à tarde, registrei aqui da janela, e tudo indica que tem mais hoje. Foi muita água...