sexta-feira, 5 de março de 2010

ERA UMA VEZ...


Caderno de desenho, estojo, lápis de cor, borracha, apontador, merendeira, vovô viu a uva. Professora, não faz ditado não, nem toma tabuada. Ainda bem que está quase na hora do recreio.
Como é difícil essa conta de dividir, e essas equações, pior ainda é essa tal de raiz quadrada (argh!). Mas do Teorema de Pitágoras eu gosto.
Lá vem o professor de História com as capitanias hereditárias, Governadores Gerais, não lembro de nenhum deles na hora da prova. E o de Geografia com esse tal de istmo, faço a maior confusão com estreito, não adiante ele dizer que um e o contrário do outro; e ainda tem a península. Tomara que chegue logo as férias.
Difícil mesmo é o português, como é complicada essa língua. Sempre que escrevo alguma coisa tenho vontade de dizer: Acentos, aos seus lugares, marchem!
Nem pensar em falar em Física, Química, minha cabeça não agüenta mais, ainda bem que está chegando o baile de formatura. E ainda tem o vestibular, a faculdade... HELP! Aprendi até inglês.
...
Tenho que pagar o colégio das crianças, comprar o material escolar, tem o condomínio, a luz, a água, a prestação da casa. Ah, que saudades dos meus tempos de escola.
Nossa! Passou rápido demais... as crianças nem gostam mais de viajar com a gente de férias, só querem saber de amigos, namoradas.
E agora é essa aposentadoria que, às vezes, me deixa meio inquieto. Mas se dá muita vontade de trabalhar, sento num canto quietinho e deixo a vontade passar. O jeito é me distrair com essas palavras cruzadas, jogar cartas, dominó, dar minhas caminhadas.
Vou pedir ao neto para ler a bula desse remédio, meus óculos estão horríveis, não consigo ler nem escrever mais nada.
Mas sei que é uma aventura e tanto, e se pudesse faria tudo de novo. Mas não acabou não, é só um comentário, só acaba mesmo no final. Além de não ser advinhão, também não quero nem saber.
Acho que vou dar uma caminhada, se o tempo estiver ruim vou para o computador, de repente coloco uma mensagem no meu blog, tipo assim falando dessas coisas que fico pensando, com o meu jeito atrapalhado de escrever. (ney)