terça-feira, 24 de março de 2009

DOMINGO CINZENTO






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Depois dos dias azuis, como os das fotos anteriores, o domingo foi cinzentos e triste. Os portões do mar ou da pracinha (eu os vi da praça e quis entender que eram do mar) estavam abertos... de qualquer jeito deveriam estar fechados, pois se via pouca gente na rua, na praia, na pracinha, no céu cinzento apenas as gaivotas voavam em bandos. Os dias azuis são mais alegres, bonitos, intensos, exatamente porque existem os dias cinzas para serem comparados. Nos dias azuis nos voltamos para fora, para a natureza exuberante; nos cinzas ficamos mais pensativos, meditando, nos entendendo em nós mesmos. Num queremos ir a praia, no outro procurar um lugar aconchegante, ler um livro, ver um filme. A natureza é sábia em nos dar todas essas possibilidades, nos entendermos em diferentes situações, estações. Como diz nesse texto:
Como Montaigne – estimado por Nietzsche – explicou no capítulo final dos Ensaios, a arte de viver está em se fazer bom uso de nossas adversidades.

“Devemos aprender a suportar tudo aquilo que não podemos evitar. Nossa vida compõe-se, como a harmonia do mundo, de dissonâncias e de diferentes tons, maviosos ou estridentes, sustenidos e bemóis, suaves e grandiosos. Se um músico gostasse de apenas alguns deles, o que lhe restaria para cantar? Ele precisa saber como usar e combinar todas as variedades de tons. Da mesma forma devemos agir com relação ao bem e ao mal, pois são eles que formam a essência de nossa vida”.