quarta-feira, 27 de maio de 2009

TERESA CRISTINA




Fotos ney. Tardinha, quase noite, fotografei a estátua em bronze da Imperatriz Teresa Cristina, no alto da Serra de Teresópolis, com vista para a Baía da Guanabara.
Em 1842, Teresa Cristina casou-se por procuração com o Imperador Dom Pedro II. Em 1843 veio para o Brasil, juntar-se ao marido. O casal teve quatro filhos: Afonso, que nasceu em 1845 e viveu só dois anos; Isabel (a princesa que assinou a Lei Áurea), nascida em 1846 e falecida em 1921; Leopoldina, que nasceu em 1847 e faleceu em 1871; e Pedro Afonso, que nasceu em 1848 e também viveu só dois anos.

PAISAGEM DE LUAR



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Na nitidez do ar frio, de finas vibrações de cristal, as estrelas crepitam… Há um rendilhamento, uma lavoragem de pedrarias claras, em fios sutis de cintilações palpitantes, na alva estrada esmaltada da Via-Láctea. Uma serenidade de maio adormecido entre frouxéis de verdura cai do veludo do firmamento, torna a noite mais solitária e profunda. O Mar, pontilhado dos astros, faísca, fosforesce e rutila, agitando o dorso Glauco. E, de leve, de manso, um clarão branco, lânguido, lívido vem subindo dos montes, escorrendo fluido nas folhagens, que prateiam-se logo, como se fabuloso artista invisível as prateasse e as polisse. A lua cheia transborda em rio de neve na paisagem, e, no mar, há pouco apenas fagulhante da iriação das estrelas, a lua jorra do alto. Por ele afora, pelo vasto mar espelhado, pequenas embarcações se destacam agora, alígeras, lépidas, à pesca da noite, velas brancas serenas, sob a constelação dos espaços... CRUZ E SOUZA.

VITALIZAÇÃO



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Há uma irradiação larga e opulentíssima nos ares. Esbraseamento do sol do fim da tarde dá fortes verberações quentes à paisagem, que resplandece, e de cuja vegetação estuante de calor parecem rebentar as raízes túmidas de seiva, como veias imensas latejando de sangue oxigenado e vivo. Nessa elaboração enorme da Terra que procria e fecunda, na gestação desses mundos que, como astros, gravitam talvez em cada grão de areia, pululando e vibrando, a Natureza é como uma grande força animada e palpitante, dando entendimento e sentimento à Matéria e fazendo estacar a vida no profundo ocaso da Morte.
E, daí a pouco, a Lua, através das matas do vale, anelante e álgida, surgirá, rasgará d’alto as nuvens do céu, acordando os aromas adormecidos, cristalizada, vagarosa e tristemente, como uma dor que gelou… CRUZ E SOUZA.