quarta-feira, 27 de maio de 2009

VITALIZAÇÃO



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Há uma irradiação larga e opulentíssima nos ares. Esbraseamento do sol do fim da tarde dá fortes verberações quentes à paisagem, que resplandece, e de cuja vegetação estuante de calor parecem rebentar as raízes túmidas de seiva, como veias imensas latejando de sangue oxigenado e vivo. Nessa elaboração enorme da Terra que procria e fecunda, na gestação desses mundos que, como astros, gravitam talvez em cada grão de areia, pululando e vibrando, a Natureza é como uma grande força animada e palpitante, dando entendimento e sentimento à Matéria e fazendo estacar a vida no profundo ocaso da Morte.
E, daí a pouco, a Lua, através das matas do vale, anelante e álgida, surgirá, rasgará d’alto as nuvens do céu, acordando os aromas adormecidos, cristalizada, vagarosa e tristemente, como uma dor que gelou… CRUZ E SOUZA.

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