terça-feira, 6 de outubro de 2009

RUA - MEDO (João Felinto Neto)

RUA (João Felinto Neto)

Bela calçada, dama passada, diurnamente movimentada. Na madrugada, sem companhia, apenas o cão que ladra. Onde se mora, onde se pisa, no tempo és encantada. Um que se vai, outro que chega, saudade recompensada. Quando se morre, fica de luto. Quando se nasce, se comemora. Às vezes triste, desanimada, outras alegre e festejada. Quando se parte, nunca se esquece, daquela rua em que se cresce.
*************************
MEDO (João Felinto Neto)

A escuridão que tanto temia na minha inocência, por medo de monstros que me perseguiam numa fantasia, já não mais a temo. A maturidade nos mostra a realidade, triste realidade, de que na claridade somos presas fáceis de nós mesmos. Criança, não tenha pressa de crescer. Agora, o seu futuro ainda é escuro, mas será tão claro, que sentirá saudade do que foi outrora, inocente.
*************************
Encontrei a poesia de João Felinto Neto pesquisando um tema no google, e lendo todos os textos que encontrei na biblioteca virtual de escritores e komedi http://www.komedi.com.br/escrita/leitura.asp?Texto_ID=2555 fiquei realmente impressionado com tudo. Muita alma, vida, sonho, realidade, sensibilidade, encantamento, mergulho no tempo, em nós mesmos. Viajei e me identifiquei em cada um deles. DEMAIS!

2 comentários:

heli disse...

Ney.

Que belos textos!
Quanta profundidade em cada palavra colocada.
E rua da infância sempre lembrada...

A "beleza" dos medos e desafios da infância...
Gostei muito da sua postagem!
beijos
heli

ney disse...

Eu também gostei muito, viajei e me identifiquei em todos os textos que encontrei http://www.komedi.com.br/escrita/leitura.asp?Texto_ID=2555.