
http://www.youtube.com/watch?v=2WhVHQ6GHVA
Clique sobre a imagem para ampliá-la (foto ney)
A vida é como o oceano. A tristeza e a felicidade são os ventos. Os pensamentos são montanhas, que se erguem como ilhas. A vida de uma pessoa é o seu veleiro. Uma pessoa em harmonia é aquela que sabe usar os ventos como força para se impulsionar; usar as ilhas para o descanso na sua jornada; apreciar o balanço das ondas. E, ao final da jornada, abrir um sorriso e dizer: A viagem valeu!!! Que você possa agir de forma a transformar sua jornada tranqüila. Porque a nossa vida, segue o rumo que damos à ela. Chao Lung Wen.
Clique sobre a imagem para ampliá-la (photoshop ney).
Em 1949 eu estava com 5 anos - sou aquele menino ali de suspensório segurando a calça curta pelo cós. No primeiro plano de boné sou eu hoje, aos 64 anos. Numa montagem no photoshop colei as fotos nessa imagem antiga da Praça Martim Afonso, centro de Niterói, em 1949. Na verdade, nessa época eu nem conhecia Niterói, pois ainda morava no Rio, onde nasci, na Rua Paissandu, Flamengo. Foi só para fazer uma viagem no tempo.
Não quero adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos para que nunca tenham pressa. Oscar Wilde.
Clique sobre a imagem para ampliá-la (quadro ney).
É urgente o amor. É urgente um barco no mar, é urgente destruir certas palavras... odio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas. É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras. Cai o silêncio nos ombros e a luz impura até doer. É urgente o amor, é urgente permanecer. Eugénio de Andrade.
Preciso que um barco atravesse o mar lá longe para sair dessa cadeira, para esquecer esse computador e ter olhos de sal, boca de peixe e o vento frio batendo nas escamas. Marina Colasanti.
Foto ney.
As lembranças desagradáveis jogue-as no mar, ande pela areia, aproveite o dia azul, o sol, tente um olhar com mais amor, tolerância, compaixão. Ou sente e fique apreciando a bela natureza, escutando as ondas batendo na areia, sentindo a suave brisa. Tire uma fotografia desse momento... ou não.
Ou faça como na canção de Vinícius e Toquinho: "Um velho calção de banho, um dia pra vadiar, um mar que não tem tamanho e um arco-íris no ar... sentir preguiça no corpo, e numa esteira de vime beber uma água de côco..."
Clique sobre as imagens para ampliá-las (fotos ney)
Nos trilhos de ferro e dormentes de madeira, nos trens e bondes, nas ruas de pedra e paralelepípedos, nos muros das casas e sobrados, nas árvores, quintais, jardins, lembro de um caminhar que era mais sereno e harmonioso com a natureza, de se vivenciar etapas, viver as ruas e esquinas, amizades, amores.
Mas os dias de hoje também têm seus encantos, ser urbano e moderno tem seus atrativos, comodidades, tecnologias, maior tempo de vida, saltos para o futuro, então vale o seguir em frente e crescer, buscar o equilíbrio, amadurecer, adaptar-se às mudanças, não perder as esperanças e o jeito verdadeiro e digno de ser como um eterno aprendiz.
Contudo, vale entender também que o olhar apressado da contemporaneidade, embora repleto de rápidas informações, não vai nos dar todas as respostas, podendo mesmo criar mais indagações, por não se ter um tempo maior de perceber e sentir.
Acho que nas fotos acima, embora de imagens estáticas, e mesmo sem a presença humana, podemos ver histórias de vidas, amores, sentimentos, alma.
Isso nos permite reconhecer com maior sensibilidade todas essas identidades que podem nos fazer pensar sobre o caminhar da vida, a essência de cada momento, a fragilidade dessa passagem, que ao mesmo tempo que busca crescimento e metas, é por si só a vida e tudo que nos torna humano.
É através das ARTES e da observação científica que podemos entender todos os passos da humanidade, seus períodos, eras, comportamentos, tradições, costumes, e assim nos compreender melhor. Estão na música, poesia, textos, esculturas, arquiteturas... então tem que ter esse toque humano, alma, sensibilidade, não podemos passar batidos, céleres, frios, inflexíveis, e o contemporâneo também será passado.
Tomara que a velocidade e os saltos para o futuro não cheguem a comprometer etapas, que possamos vivenciá-las numa cadência humana, que as construções não sejam tão frias e sem significado, nos deixem espaços, ar, estações, possibilidades de sentir o caminhar, a vida. ney/
Clique em PLAY > na imagem acima. (vídeo ney).
Filmei só um pedacinho, muitas turistas a bordo, nessa viagem belas moças inglesas formavam um animado grupo. Velhos só o bonde e eu que me filmei no final, a máquina até desligou.
São tantas as histórias sobre os bondes. Em frente a casa da minha namorada os bondes passavam a todo momento. No Rio e em Niterói viajei em todas as linhas, e cá estou eu ainda correndo atrás dos bondes, desses bons tempos que deixaram saudades. ney/
http://www.youtube.com/watch?v=FmeEKOs9D-A&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=EB7kNBHGqas
Clique em PLAY > na imagem acima.
"Perdi o bonde e a esperança. Volto pálido para casa". Carlos Drummond de Andrade
Clique sobre a imagem para ampliá-la (foto ney)
Esta foto tirei ontem, colocando em destaque a estátua de Tiradentes. O local tem um belo contexto arquitetônico, infelizmente misturando o Rio antigo (construções da época do império), com imensos arranha-céus. O Palácio Tiradentes foi construído no terreno da "cadeia velha" onde esteve preso Tiradentes. Ali foi também o parlamento imperial, o Congresso Nacional, e é hoje Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro. Mais imagem em http://www.flickr.com/photos/claudiolara/255088236/
Cecilia Meireles nos diz bem de Tiradentes em O Romanceiro da Inconfidência:
Por aqui passava um homem- e como o povo se ria! -que reformava este mundode cima da montaria.Tinha um machinho rosilho.Tinha um machinho castanho.Dizia: ‘Não se conhece país tamanho!’‘Do Caeté a Vila Rica,tudo ouro e cobre!O que é nosso, vão levando..E o povo aqui sempre pobre!’Por aqui passava um homem- e como o povo se ria! -que não passava de Alferesde cavalaria!‘Quando eu voltar - afirmava -outro haverá que comande.Tudo isto vai levar volta,e eu serei grande!’‘Faremos a mesma coisa que fez a América Inglesa!’E bradava: "Há de ser nossa tanta riqueza!"Por aqui passava um homem- e como o povo se ria! -‘Liberdade ainda que tarde’nos prometia.Cecília Meireles sabia do que acontecera durante toda a Inconfidência Mineira,e a aquela referência, no poema, à América Inglesa, não foi gratuita. É que os EstadosUnidos, saindo do colonialismo inglês, tomaram conhecimento do preparo da sedição brasileira e Tomas Jefferson, o criador da primeira Constituição americana queria simplesmente falar, se encontrar com Tiradentes. Alguns historiadores acham que talencontro se realizou. http://74.125.47.132/search?q=cache:tHwbaTbWlq0J:www.dombarreto.g12.br/arquivos/temporarios/Assis%2520Brasil/TIRADENTES%2520POESIA%2520E%2520HISTORIA.pdf+Tiradentes+-+poesia&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Mas vejam o que outros falam da nossa polêmica libertação. Clique em cada triângulo vermelho do "libertas que sera tamen" desse endereço: http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/temdomes/2006/04/Tiradentes/temdomes.php
Clique sobre a imagem para ampliá-la (foto ney)
Vejo-a de olhos fechados. Vem sozinha.
Sua veste é uma nuvem que a transporta.
Sou eu que a invento, é uma ilusão só minha.
Sei que ela não existe. Não importa.
Abrindo os braços, pra mim caminha,
Visão antiga que eu julgava morta.
O espírito ama a irrealidade. De onde
Surge a imagem abstrata que se esconde
Em mim? eu tembém eu, vendo-a, tranponho.
A realidade que quer ser sublime
E inventa um nulo amor que só se exprime
No meu recôndito, invísivel sonho. Dante Milano.
Clique sobre a imagem para ampliá-la (foto ney)
Das trevas renasce a luz...
“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Jesus, nesta passagem do Evangelho revela-se como sendo Luz do mundo. Ora, Ele mesmo um dia advertiu que “ninguém acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa”. (Mt 5,15)
Passou mais um trem e eu não fui. Fico só na estação tomando um cafezinho e olhando o movimento... quem vai, quem chega, sorrisos, lágrimas, beijos e abraços. A vida não é como o trem, ela está em todo lugar que se queira ou precise ir ou ficar, está dentro de nós, em tudo a nossa volta. Amo a liberdade e vôo alto nos pensamentos, e crio raízes nos sentimentos, vou me entendendo nos sonhos e realidades, entre um e outro busco o equilíbrio e o amadurecimento.
Tive meu tempo de muitas viagens entre Rio e São Paulo, circunstâncias e oportunidades, foram 5 anos prá lá e prá cá, de carro, ônibus, avião e trem. Vivenciei o melhor, cresci, fiz minhas escolhas. Só não vou poder decidir a última viagem.
Mas vale explicar que não eram viagens de passeio, e sim de não perder a grande oportunidade da minha vida conquistada num concurso público, já que fui designado para fora da minha cidade. Por volta das 22 horas deixava a casa da namorada, pegava ônibus até as barcas, atravessava a Baía da Guanabara, e depois outro ônibus até a rodoviária, e por volta da meia-noite embarcava. Nas estações de embarque e desembarque vivemos esses momentos de ir e chegar, e se observa no rosto de cada um diferentes emoções. Eu deixava para trás a namorada, família, amigos, raízes. Chegando na outra cidade tomava banho e ia direto trabalhar, viver uma outra realidade, cidade, amizades, e tudo se repetia a cada semana, num cansaço que a juventude sabia superar, e o espaço conquistado não se podia desperdiçar.
Fernando Pessoa disse "que temos todos uma vida vivida e outra pensada, e nunca saberemos dizer sobre a certa, e vivemos de maneira que a vida que a gente tem é a que temos que pensar". Acho que me entendo também no que o Mario Quintana disse em O VIAJANTE:
“Eu sempre que parti, fiquei nas gares
Olhando, triste, para mim...”