quarta-feira, 29 de abril de 2009

PENSANDO AQUI... COMENTANDO

Na postagem anterior o belo texto do Vinícius nos faz refletir sobre um mundo possível de se viver intensamente com simplicidade, que se harmoniza em boas e serenas perguntas. É mesmo uma idéia simples e sábia, porque nunca temos todas as respostas.
Mario Quintana, em seu texto AS INDAGAÇÕES, assim se referiu a essas questões: A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.
Mas, vivemos todos muitas indagações da alma e dúvidas do coração, e na busca de respostas encontramos mais perguntas. E se não as fizéssemos certamente nos entenderíamos menos. E sem indagar pararíamos no tempo, e precisamos correr atrás dos nossos sonhos e desejos.
Fernando Pessoa, com tanta alma e lucidez, colocou o tema com muita propriedade, alma e realidade:
Temos todos que vivemos, uma vida que é vivida, e outra vida que é pensada, e a única vida que temos, é essa que é dividida entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira, e qual errada, ninguém nos saberá explicar; E vivemos de maneira, que a vida que a gente tem, é a que tem que pensar.

Só que temos a insensatez dos corpos, dos desejos, amores, paixões, que confundem, sofocam, e podem restringir belezas e intensidades do amor. Pudera ser sempre sensato, sossegado, prudente, mas precisa também ser livre e deixar fluir os sentimentos, as emoções e sensações.
E temos espaços a conquistar, realizações, circunstâncias, limitações, contas a pagar, a roda viva que nos leva pra lá e pra cá, o ser digno, ter amor próprio e viver o de todos que nos cercam, ser cidadão...
E só nos resta então dilacerar a alma, e com equilíbrio e amadurecimento encontrar nossas verdades, o que temos de melhor, e nos permitir, sem egoismos, também ser do nosso jeito. ney/

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