domingo, 1 de março de 2009

PLENITUDE


NÓS MULHERES

Dizem que, a uma certa idade, nós as mulheres nos fazemos invisíveis. Que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens. Eu não sei se me tornei invisível para o mundo, mas pode ser. Porém nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência. Descobri que não sou uma princesa de contos de fada; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte. Com suas misérias e suas grandezas. Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros. E apesar disso…Gostar de mim. Quando me olho no espelho e procuro quem fui… sorrio àquela que sou… Me alegro do caminho andado, assumo minhas contradições. Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado porque agora me atrapalha. Seu mundo de ilusões e fantasias, já não me interessa. É bom viver sem ter tantas obrigações. Que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos. “A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir " Blandinne.

Nota: A autora Blandinne ou Blandine Faustine tem diversos belos textos, PPS, mas na internet é um mistério sua identidade (vide google).

2 comentários:

heli disse...

Ney, acho este texto dela também, muito interessante:

Gaiolas

Passamos uma vida presos,
qual pássaros em suas gaiolas!
Medo de amar, de olhar a vida de frente...
Muitas vezes, as portas de
Nossas gaiolas se abrem...
Mas permanecemos ali,acostumados...
Encolhidos nas nossas vontades e sonhos!
Devemos alçar o vôo dos falcões,
Calmo, confiante, determinado!
Amem sem medo,
Brinquem um pouco com a vida!
Não tenham medo dos rochedos
E sobre eles,estendam as suas asas
Corajosas de falcões!
Soltem-se ao vento,
E deixem-no levá-los ao sonho!
Como o Condor,
Tente enxergar as pequeninas
Coisas a sua volta
E saber apreciá-las,
Dando um sentido novo a sua vida!
Não sejam passarinhos de gaiolas.
Mas, Falcões e Condores do céu!
A cada dia existe uma renovação constante,
E nunca um, será como o outro...
Não há dores eternas,
Lágrimas eternas, perdas eternas!
Há sorrisos,
Esperando-lhes, dias de sol,
O abraço dos amigos, dos filhos.
E tantos sonhos lindos!
Voar...
Porque a vida
É um recomeçar diário de um vôo!
E gaiolas não foram feitas para
Pássaros...
Tampouco para Falcões
Blandine Faustine

ney disse...

Realmente ela tem lindos textos, mas por que será que prefere o anonimato? Bem, acaba criando uma magia. ney///