quarta-feira, 3 de março de 2010

PAIXÃO POR CINEMA


Obrigado sétima arte por nos encantar a vida. Foi amor a primeira vista, que começou desde muito criança, e cujo THE END final espero que demore ainda muitos anos.
Para mim começou na rua, era o Cine Propaganda Fluminense – seu proprietário colocava uma tela sobre a capota do JEEP, e toda a vizinhança trazia suas cadeiras de casa, as crianças sentavam no chão. Patrocínio do Cicle São Bento, lembro ainda da música da propaganda: Pedalando, pedalando, a favor ou contra o vento, numa linda bicicleta do Cicle São Bento.
Tarzan era o grande herói da noite, lutando contra os malvados caçadores e enfrentando os crocodilos, salvando a bela JANE com a ajuda da Chita e demais animais. Seu grito ecoava por toda a floresta... ooooooooooooh. O coitado nem imaginava que os homens e suas serras iriam destruir quase todas as florestas.
Era no DIA DA CRIANÇA que o Cinema Mandaro abria suas portas gratuitamente para os alunos do colégio onde eu estudava. Ao som de Moonlight Serenade (Glenn Miller), as cortinas abriam-se lentamente. Nesse dia festivo não havia lanterninha que conseguisse colocar ordem no recinto. O Gerente acendia a luz e era um silêncio total, quando apagava voltava a bagunça. Doces lembranças, pena que todo ano era o mesmo filme – O Conde de Monte Cristo. Nas manhãs de domingo o festival Tom & Jerry, Flash Gordon no Planeta Marte.
Chaplin, Gordo e Magro, logo vieram os grandes estúdios de Hollywood, o telão do Cinemascope, as belas estrelas do cinema. Os musicais, os bang bang do faroeste, Walt Disney e suas princesas, o cinema italiano, francês, as chanchadas brasileiras.
O filme CINEMA PARADISO nos diz bem de todos esses encantos. Até a próxima sessão. (ney).

8 comentários:

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa noite, Ney.
Eu adorava ler, lia de tudo, desde revistinhas do velho oeste, até X9, com romances de Ághata Gristie.
Quando conheci o cinema, fiquei vidrada... É até difícil relacionar tantos filmes bons. Mas resumindo, ao sair do cinema depois de ter visto o Elvis Presley, a minha primeira preocupação, foi saber se o Texas ficava muito longe da minha cidade.
Quando disseram que era pra lá de longe... eu me entristeci. Já estava apaixonada pelo anjo.

Um grande abraço.

ney disse...

Puxa! Você pegou a época X9? Meu pai lia todas, então eu também dava uma olhada. Nosso herói em garoto era o JERÔNIMO - Herói do sertão, todo dia na Radio Nacional - 18:35h.
Elvis fez mesmo sucesso, marcou seu nome na música e no cinema. Minha grande estrela foi a Rita Hayworth (Gilda). Ela ficava triste porque preferiam a Gilda, eu gostava mais dela mesmo que da famosa personagem. Linda dançando, interpretando, mas nem sabia da minha existência (rs). Teve um triste fim, nem sabendo mesmo dela (alzheimer). Abraço/ney.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Ney.
Eu também acompanhava Jenônimo, o herói do sertão. Ficávamos ao redor do rádio e quase não podíamos respirar, para não fazer barulho.
Era bom demais.
Quando foi para a televisão, eu gostei muito, também.

Um grande abraço.

ney disse...

Jerônimo era mesmo imperdível. Um dia eu fui conhecer a Radio Nacional com um amigo, acho que foi um convite para um programa de auditório. No intervalo fomos no terraço do Edifício A NOITE, até hoje um dos maiores do Rio, e lá alguém se aproximou preocupado com nossa presença, éramos jovens, e ele disse que já haviam acontecido acidentes. Acabamos numa animada conversa, até que ele começou a falar com a voz do "Moleque Saci", companheiro inseparável do Jerônimo. Não tínhamos reconhecido o Cauê Filho, eram tempos de radio, e não de TV, contamos para a turma toda que tínhamos conhecido um artista (rs). Bons momentos da vida. Abraço.

Sandra disse...

Amigo Ney,essa sua postagem está muito legal.Só assim pude te ver melhor, é muito simpático.
Você é versátil aborda vários temas,o seu blog é 10.
Agradeço por suas visitas no Montanha.Um abraço.

ney disse...

Zen,
Obrigado pelo carinho das suas palavras. Quem não gosta de um elogio assim?
Puxa! Finalmente uma nota 10, elas sempre viveram distantes de mim (rs). Ah, mas assim com 6,7,8 acabei conquistando meus espaços, não posso reclamar, cheguei onde queria.
Fiquei muito feliz, vou tentar melhorar sempre. O cinema foi sempre uma paixão, a aconteceu exatamente como eu disse.
Mas agora vou escolhendo cada vez mais os filmes, aqueles que possam nos dizer, fazer sentir, acrescentar, acabaram com nossos bons cinemas de Niterói, quase sempre temos que ir ao Rio.
Obrigado mesmo. Abraço/ney.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Olá amigo Ney,

Mais algo em comum!!!

Sou cinéfila por natureza.
Curiosamente gosto de ler primeiro o livro se o filme for baseado na obra, mesmo que seja para ficar triste com o resultado do filme.

Mas lembro-me de filmes inesquecíveis, como o Dr. Jivago, Les Uns et les Autres, Gone with the Wind...até aos mais actuais.
O Piano, o Paciente Inglês, Out of África (menos recente), um dos últimos que vi e adorei, foi The Guitar.
Entre muitos outros!

Amigo, lá no meu Blog em Inglês, tem um link no nome do Poeta que o leva a casa dele e à versão original.
Também está Na Casa do Rau.

Beijinhos

ney disse...

Fernanda,
Bons filmes você citou, são mesmo muitos, uma vida inteira de cinéfilo.
Os livros realmente nos dizem melhor, porque podemos imaginar a história e os personagens do nosso jeito, no contexto criado e descrito pelo autor. Fui ver o filme O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA fiquei mesmo triste, porque já tinha lido 3 vezes o livro, e o filme nada tinha a ver com a obra do Gabriel Garcia Marques, nem a língua respeitaram.
Mas já achei filmes melhores que livros, e artistas que enriquecem o personagem - vide Paulo Gracindo como o Odorico Paraguaçu de Dias Gomes - O BEM AMADO.
Vou lá ver o link do seu blog e a versão original. Abraço/ney.