sábado, 7 de novembro de 2009

FINAIS DE TARDE




Clique nas imagens para ampliá-las (fotos ney) - hoje.
E continuo eu pedalando e clicando nesses finais de tarde. Eu gostava de dizer pôr-do-sol, mas fizeram essa nova reforma e já deixaram as tantas exceções de sempre, então já fiquei em dúvidas com esses hífens e circunflexos. No meu tempo de criança chamávamos tardinha, era a hora do jogo de bola da turma da esquina, passava um carro ou outro, e todas as ruas podiam ser campos de futebol, além dos inúmeros terrenos baldios.
O pedalar a bicicleta agora virou "mobilicidade urbana", as tais bicicletas de aluguel, e criou-se mais uma burocracia, e quase que se dá um nó na língua para falar essa palavra. Logo vão dar um jeito de cobrar estacionamento, pedágio etc. Então vou harmonizando com essas belezas das tardinhas, hora que quase sempre sopra uma agradável brisa do mar, as aves aproveitam para os seus últimos vôos. Hoje pousou um pássaro nessa luminária ai da foto, estava ele admirando a paisagem. E aproveito para postar alguns belos textos poéticos:
"Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar”. Rubem Alves. "O pássaro é livre na prisão do ar. O espírito é livre na prisão do corpo". Carlos Drumond de Andrade. "[...]perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha..." Fernando Pessoa. "Leve é o pássaro: e a sua sombra voante, mais leve... E a cascata aérea de sua garaganta, mais leve... E o que se lembra, ouvindo-se deslizar seu canto, mais leve... E o desejo rápido desse mais antigo instante, mais leve... E a fuga invisível do amargo passante, mais leve. Cecília Meireles.

4 comentários:

Irene Moreira disse...

Amigo Ney quanta beleza nas poesias colocadas que fizeram juz a um pássaro apreciando um Final de Tarde. Abraços

Neve disse...

ola ney. lindas fotos, essa do coco parecendo o pao de açuçar ficou demais.
amei tb a dos sorvetes, por motivos obvios ,rs rs e me parece que uma na confeitaria Colombo? Que lindo.
o nome bragas ganhei do meu marido. eles se fixaram em guaratinguetá, campinas, Aguaí...nao conheço ninguém de minas. Meu marido ficou orfão de mae com dois aninhos, foi criado pela familia da mae, entao acabou nao tendo contatos com os bragas mais velhos, nao sabemos muito deles.

ney disse...

Obrigado, Irene, pela presença amiga e pelo comentário. Encontrei esses grandes MESTRES da poesia, a nos encantar a vida, todos juntos no PENSADOR (sorte minha). http://www.pensador.info/p/poemas_passaro/1/
Estava realmente um belo final de tarde, tirei muitas fotos, escolhi as que achei melhores, muitas cores, nuances, formações de nuvens nesse encontro de céu e mar, o sol se pondo por trás das montanhas. Beleza pura. Abraço/ney.

ney disse...

Obrigado, Maria, pela presença amiga. Meu pai tinha uns familiares BRAGA, mas lá mesmo do Sul de Minas, pensei que pudesse ter alguma ligação.
A foto digital facilita tudo, então vou clicando meus passeios, sempre tem um lance diferente, uma paisagem bonita, a gente inventa e, às vezes, dá certo. E acaba que ficamos mais observadores no OLHAR, mais atentos e sensíveis, sempre se aprende algo, além da distração. Abraço/ney.