segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O TEMPO E O TEMPO

Bem, falar do tempo é coisa antiga, para mim começou eu ainda criança, nem foi preciso alguém falar, quando eu escutava as trovoadas sentia que aquilo era mau tempo, e acontecia de minha mãe estar sempre do meu lado, ou melhor, eu do lado dela.
E ai começaram minhas convivências com os tempos: Era o tempo que fechava quando eu ia a praia, ou passear, viajar, jogar bola, sair com a namorada, usar a roupa nova, pior quando esquecia o guarda-chuva, e que horror quando tinha que usar aquela tal de galocha.
O outro tempo era o da aula que não acabava, o do ônibus que demorava, o das férias que não chegavam, mas que logo acabavam. Depois que comecei a trabalhar era o da sexta-feira que não chegava, ou quando chegava e o outro tempo não ajudava (final de semana com chuva era cruel).
Então foi passando o tempo e eu me dei conta que o tempo era muito rápido, e que eu ficava pensando muito tempo no tempo enquanto ele corria, independente do outro tempo, e ai já tinha passado um tempão.
Então vieram os tempos modernos, apesar de eu ter ficado mais antigo no tempo. As cidades grandes, os edifícios, os carros velozes, os aviões, mas o tempo cada vez mais curto, mal se falando um com outro do tempo no elevador, para não falar que ainda por cima fizemos uma bagunça com o outro tempo. Coitada da natureza!
Pior que tanto um tempo quanto o outro não perdoam. Então o jeito é reorganizar os projetos no tempo enquanto dá tempo, e não se esqueça de se dar um tempo e se entender no tempo. (ney)

2 comentários:

heli disse...

Muito interessante essa tua reflexão sobre o tempo psicológico e o tempo real.
Caramba, como demorava para chegar o dia do aniversário ou o Natal quando a gente era criança, e o pior é que quando chegava o dia, este passava muito depressa.
O jeito é curtir cada segundo desse nosso tempo real sem esquecer do tempo psicológico.

ney disse...

Pois é, e ele vai diminuindo, temos mesmo que aproveitar. Valeu!