sexta-feira, 14 de novembro de 2008

BANQUINHO MÁGICO...


Clique na imagem para ampliá-la (foto ney).

Está vendo essa estradinha de terra? Muito bonita, não acha? Siga por ela, e quando chegar ali na frente, entre à esquerda e senta naquele banquinho, na sombra daquela frondosa árvore, vai ver que gostoso que é. Ali sopra uma agradável brisa, e você vai poder descansar desse longo caminhar e desse sol que está muito quente.
Ah, e tem mais... é um silêncio que só se ouve o canto dos pássaros e o correr das águas de um riacho próximo. Bom de ficar pensando na vida... deixar o tempo passar.
Olha! E tem uma coisa nesse lugar que nem sei direito explicar. É assim uma energia, ou magia... Sei lá! E a noitinha, céu estrelado e luar, ai que se percebe melhor, ouço até música, acredita? Acho que é BLUE MOON.
Faz o seguinte, se puder e quiser: Lá pelas 8 horas da noite eu já estou ali no banquinho, então explico direitinho. E vou falar baixinho, porque é segredo, senão todo mundo vai saber e vai acabar o encanto do lugar. Mas na verdade nem é segredo, é mais um se deixar ouvir e sentir.
Ah, se você também ouvir a música, podemos até dançar, não é? Eu aqui comigo já viajei no tempo e vi você num lindo vestido de baile. No banquinho mágico o tempo não envelhece... passado e presente vivem sua real eternidade.
Lembrei de um texto do Rubem Alves: "... A vida inteira é um esforço para nos lembrar... Vez por outra ganhamos o beijo: vemos uma coisa bela e ficamos encantados. Por vezes, apaixonados. Isso quer dizer que fomos tocados por aquela beleza esquecida que um dia nós vimos. Fernando Pessoa pensava assim também. Aquela sua declaração de amor: “Quando te vi amei-te já muito antes, tornei a encontra-te quando te achei...” Então, a amada já estava dentro da sua alma, à espera... O encontro foi, na realidade, um re-encontro. Essa coisa bela que nos encanta, entretanto, não é a beleza pura que existe naquele reino espiritual. É apenas o seu breve cintilar, seu reflexo nas águas do tempo. O mundo está cheio de cintilações da eternidade. "
Autor: Eu no banquinho.

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