terça-feira, 30 de setembro de 2008

AS CASAS DE ANTIGAMENTE

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UMA CASA NA LEMBRANÇA.
Ainda existem casas aqui próximas como essa, que sobreviveram à SELVA DE PEDRA.
Trechos de um texto do J.G. de Araujo Jorge (1969):
Com a mecanização avassalante da vida moderna, muitas vezes me pergunto qual será a imagem do lar do futuro? A dona-de-casa trabalha fora, absorvida por mil e uma preocupações estranhas ao seu tradicional mundo doméstico; desaparecem as empregadas; os apartamentos se resumem a cubículos, com peças únicas, escamoteáveis, armários embutidos, sofás e poltronas-camas, quitinetes; aparelhos elétricos capazes de improvisar papas liquidificadas à guisa de refeições. Os filhos amontoam-se em camas-beliches, em espaços exíguos de camarotes de navio.
Bem que o guardo na memória, abrindo suas janelas altas, com grades de ferro, para a rua; o jardim lateral, a grande amendoeira, as acácias. Casas com telhados coloniais; janelas com gelosias românticas; amplas varandas com cadeiras de balanço, com redes preguiçosas, arrastando franjados no assoalho; quintais com uma infinita variedade de árvores, cada vez mais raras: abieiros, caramboleiras, sapotizeiros.
Mas não trocaria, por nada deste mundo, algumas das casas da minha infância, intactas, de pé, nas ruas da memória e do coração. As casas são como seres que nos envolvem, com suas paredes, nos abrigam e protegem; nos falam; partilham de tantos dos nossos momentos; nos amam e passam, e às vezes morrem. Veja na íntegra em http://www.jgaraujo.com.br/nomundo/uma_casa_lembranca.htm

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