domingo, 26 de setembro de 2010

CHAPÉUS


Nunca fui muito dessa de chapéu, até porque quando cheguei por aqui ele já estava saindo de moda. Mas, inevitavelmente, eles foram acontecendo na minha vida, o quepe do colégio, o do serviço militar, os que usava no carnaval. E foi no carnaval, em plena Avenida Rio Branco, que o bloco passou e me levou um novinho... foi passando de mão em mão lá para dentro do bloco, e quando tentei ir atrás disseram que era melhor eu deixar prá lá. O grupo se fechando ao meu redor, no meio de tanta gente e muito samba, me fez ver que não tinha alternativa. Como se diz hoje... perdi.

Ah, e tinha o capacete na cabeça marchando no sol quente, mas o bom soldado não reclama, ainda mais com 18 anos, e foi 1 ano de serviços à Pátria e muita disposição. O capacete da moto protegia mais a vida, mas cozinhava os miolos, e nos deixava como o frango da propaganda.

E foi tanta praia... andar, pedalar e velejar no sol, que apareceu aquele temido resultado bem na testa. E que trabalho e cuidados médicos que deu até a pele se recuperar e voltar ao normal. O Sol de hoje parece um maçarico, bem diferente dos velhos tempos, que usávamos até óleo de bronzear.

E assim voltaram os chapéus, bonés, boinas (até de tecidos com proteção UV), e tudo mais para nos proteger do sol, e que agora estão mesmo voltando à moda, e as boas lojas com vitrines variadas. O "Panamá" com seu destaque de sempre, e os bonés, boinas etc. Com os preços em alta, logo as streets dos camelodramos centers entraram na concorrência, e certamente vão chegar os "made in China".

E vendo as fotos do meu pai nos tempos do chapéu, tudo isso me veio a cabeça, inclusive meus chapéus.

E se querem ler um texto sobre o "País dos chapéus", num outro sentido bem interessante, leiam o texto do Rubem Alves no endereço que segue:
http://www.rubemalves.com.br/opaisdoschapeus.htm

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