terça-feira, 30 de março de 2010

TRAVESSIA


Foto ney (clique para ampliá-la).
Toca a campainha na estação, param-se as roletas, cessam os embarques, todos a bordo soltam-se as amarras da ponte de atracação. Três apitos breves indicam que a embarcação já está em ré, se afastando para um local mais fundo, manobrando, girando em direção ao outro lado da Baía da Guanabara.
E assim foi por uma vida inteira essa travessia diária entre Rio/Niterói, para lá e para cá, porque nunca tive o gostinho de trabalhar em Niterói.
Dias de sol, chuva, calor, tempestades, raios, nevoeiros. No meio da baía quase sempre soprando uma agradável brisa, vinda de alto mar, entrando pela barra.
Por 5 anos trabalhei em São Paulo, mas nos finais de semana, quando ia e voltava (Rio/São Paulo), lá estava eu atravessando de carro nas antigas barcaças de veículos. Até que um dia fizeram a ponte e criaram mais essa alternativa.
Os cafezinhos na estação, as prosas amigas nas travessias, lendo um livro, um jornal, ou simplesmente apreciando a paisagem. E se nada me aconteceu de ruim, é para lembrar com saudade desses cotidianos. Hoje as lanchas são rápidas, mas os serviços privatizados não têm a regularidade de antigamente. (ney).

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