Quero acrescentar algo sobre a postagem anterior. Tudo sempre tem um significado maior. Éramos muito pobres quando eu nasci, morávamos no coração do Rio de Janeiro, na época ainda Capital do Brasil - Rua Paissandu (Flamengo), um carioca da gema. Era num quarto de uma casa de cômodos, numa vila de casas antigas, ao fundo um cortiço. Eu e o irmão mais velho ficávamos de brincadeira com as moças lavando roupa num tanque comum, correndo entre os lençóis pendurados no varal, imitando as batidas da roupa no tanque, volta e meia levando corridas delas.
Depois fomos morar distantes do centro do Rio (Nilópolis), ramal dos trens da rede ferroviária Central do Brasil. A casa bem simples tinha um bom terreno, e para ajudar meu pai nas despesas, plantava de tudo no quintal, que vendia também na vizinhança. Lavava roupa para fora, carregávamos as trouxas na cabeça para levar do outro lado da estação, na parte mais nobre da cidade. Depois comprou uma máquina e ficou só na costura, atendendo as encomendas dos alfaiates.
Tenho fotos brincando de correr entre as roupas penderadas no varal, então ficaram na memória essas imagens e bons momentos de criança, cercado de muito amor. (ney).
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